Hoje temoa aqui Jazz "em português" por músicos talentosos: Mário Delgado/guitarra, Rodrigo Gonçalves/piano, Nelson Cascais/contrabaixo, Alexandre Frazão/bateria, a acompanharem o Laurent Filipe na trompete. Curtamos!
"Se considerarmos o grau de desenvolvimento, e quiçá de esplendor, que certos aspectos de cultura artística e literária atingiram entre nós no decorrer dos tempos, não podemos deixar de ficar surpreendidos ao verificar que a música, de uma maneira geral, nunca acompanhou a marcha nem atingiu o estádio relativamente superior dessas outras manifestações da nossa vida espiritual. Pode perfeitamente falar-se de uma literatura portuguesa, (...) de uma arquitectura portuguesa, (...) de uma pintura portuguesa, (...)".
"Parece-me, no entanto, que já não podemos falar ou que será mais difícil falar de uma música portuguesa, tomando esta expressão, evidentemente, no sentido erudito e não no sentido étnico.
O que poderia formar uma escola nacional de música,ou conferir a Portugal alguma vitalidade musical no domínio da criação, seria a existência de pelo menos meia dúzia de obras importantes, significativas, que constituíssem por assim dizer os seus marcos históricos".
(...) Quais são as obras que constituem o corpus histórico da música portuguesa?
(...) O processus histórico da música portuguesa (se processus há no que não apresenta uma feição orgânica) é descontínuo, cheio de hiatos, sem núcleos vitais e sem figuras realmente representativas. O único período em que na nossa produção musical há uma certa continuidade histórica, e que é aliás, parece-me, o único digno de nota, é o dos polifonistas da chamada Escola de Évora, (...) não me parece, digo, que esse seja o tal período excepcional, aquele período que, só por si, pela envergadura das suas criações, basta para dar foros de criadora de uma cultura musical e marcar na história da arte de um país um ponto luminoso, um estádio valorativo da sua personalidade espiritual, e até uma fase necessária na evolução geral da música, como foi o caso, por exemplo, dos polifonista neerlandeses e dos viginalistas ingleses (...)".
Excertos de uma conferência de F.Lopes-Graça, realizada em 1943
Filomena Amaro, soprano e Gabriela Canavilhas, piano
"A música é a arte que utiliza como material o som produzido pelos instrumentos e pela voz humana. O som é, assim, a realidade primeira e a condição básica de toda e qualquer manifestação musical. A maneira de o manipular ou tratar varia com as condições de lugar e de tempo, com as possibilidades materiais e estádio social de cada época, com a personalidade dos indivíduos que criam a obra de arte musical e dos que a interpretam, e é a fonte das múltiplas escolas e estilos musicais observados através da história.
O som é a sensação recebida no cérebro, através do ar e do aparelho auditivo, provocada pelas vibrações especiais de um agente externo. ou corpo sonoro, que sofreu um impulso ou estímulo físico".
Fernando Lopes Graça, opúsculos (1)
"Jornada", uma das canções heroicas, poema de José Gomes Ferreira e música de Lopes-Graça, cantada por Luisa Basto
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