Está a terminar o ano em que o fado foi declarado património imaterial da humanidade. A propósito deste reconhecimento internacional, pareceu-me oportuno transcrever um texto publicado no jornal Avante nº. 48 - II série, em 1937:
"De vez em quando surge na imprensa burguesa uma campanha contra o fado (...). Numa nação em que os governantes fazem todos os esforços para manterem as populações trabalhadoras fora de quaisquer manifestações de arte, o fado é uma das poucas possibilidades que restam aos operários para se manifestarem artisticamente. Os versos que cantam e a música que os acompanha são de autores anónimos, são dos próprios trabalhadores. Podem até ser - e têm-no sido muitas vezes - os primeiros passos para entar em caminhos de arte mais perfeitos e mais difíceis.
Nós defendemos, portanto, o fado porque é uma manifestação da arte popular e porque é um meios de propaganda bastante sensível às camadas proletárias.
Dentro deste ponto de vista, consideramos que os antifascistas devem desenvolver e elevar os elementos artísticos que o fado contém, libertando-o de todas as influências estranhas com que os inimigos da cultura popular e dos interesses do povo procuram corrompê-lo.
O Fado é do povo!"
Só mais um pormenor - uma curiosidade histórica - relativo ao fado: Aquando da fundação do Partido Comunista Português, em 1921, o fado esteve presente numa iniciativa, em que cantou, entre outros, o mestre Alfredo Marceneiro.
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